Uma nova era para a ind?stria nacional de caf?
1 de setembro de 2020
Nos ?ltimos anos tem se observado duas tristes tend?ncias na ind?stria brasileira de caf?: a queda nas exporta??es de caf? torrado e mo?do (T&M) e o aumento das importa??es desse produto. A primeira tem como causa o fato das multinacionais presentes no pa?s optarem por n?o exportar a partir daqui. Ademais, as torrefadoras nacionais n?o quiseram, ou n?o conseguiram, conquistar o mercado externo. A segunda tend?ncia se deve ao grande aumento no consumo de caf? em c?psulas que, at? o momento, s?o importadas e possuem valor muito mais elevado do que o T&M convencional que ? exportado. Com isso, a balan?a comercial do caf? industrializado passou a ser negativa.
Dados do MDIC/SECEX mostram que em 2014 houve um aumento de 48,2% na quantidade caf? torrado e mo?do importada pelo pa?s, em compara??o com 2013, chegando a 48 mil sacas. O valor dessas importa??es teve eleva??o de 49,2% e atingiu a cifra de US$ 47,9 milh?es. Do lado das exporta??es, queda de 21,5% no volume, que ficou em 31,5 mil sacas. A receita teve queda de 26,8% e ficou em US$ 11,6 milh?es. Ou seja, o Brasil teve saldo negativo de 15,5 mil sacas importadas e US$ 36,3 milh?es gastos. Mas as perspectivas s?o boas para os pr?ximos anos.
Em breve, muito do que ? demandado pelos consumidores nacionais ser? fabricado em solo brasileiro. Duas das principais fabricantes de caf? em c?psulas do pa?s anunciaram que ir?o erguer f?bricas em Minas Gerais, mais especificamente no munic?pio de Montes Claros. A Nestl?, que ? l?der mundial no segmento, investir? cerca de R$ 200 milh?es na nova f?brica de Nescaf? Dolce Gusto. A Tr?s Cora??es vai investir R$ 45 milh?es na sua f?brica, com possibilidade de investir outros R$ 45 milh?es para ampliar a produ??o. Atualmente a Tr?s Cora??es manda o caf? para a It?lia, onde ? encapsulado e depois reexportado para o Brasil.
As duas companhias se juntar?o ? portuguesa Kaffa, que j? opera no pa?s desde 2014. A empresa investiu 2 milh?es de euros numa f?brica em Ribeir?o Preto. A estrat?gia da Kaffa no pa?s ? produzir c?psulas para outras empresas, o que torna a oferta do produto vi?vel para muitos torrefadores interessados no neg?cio. Assim, empresas que queiram comercializar suas pr?prias c?psulas n?o necessitam construir uma f?brica ou importar de outro pa?s. Entre os clientes nacionais da Kaffa est?o o Caf? Utam, Suplicy Caf?s e Caf? Morro Grande.
Quando as duas novas f?bricas da Nestl? e da Tr?s Cora??es estiverem em pleno funcionamento as importa??es dever?o diminuir. No entanto, c?psulas da Nespresso e de outras marcas internacionais continuar?o sendo importadas. Mas nada impede que, com o crescimento do setor, novas f?bricas sejam constru?das.
Reduzir a necessidade de importa??es j? ser? um ?timo resultado para tais investimentos, mas o ideal seria que eles possibilitassem o aumento das exporta??es de caf? industrializado pelo Brasil. O caf? em dose ?nica ? a grande tend?ncia da ind?stria na Europa e na Am?rica do Norte. Por isso, qualquer aumento nas exporta??es das torrefadoras brasileiras depende da venda de c?psulas para esses mercados. N?o ? uma tarefa simples, j? que o r?pido crescimento do setor atrai in?meros concorrentes. Outro caminho para aumentar as exporta??es seria a venda para pa?ses da Am?rica Latina. Embora os pa?ses da regi?o sejam grandes consumidores de caf?, eles podem ser um destino para o produto brasileiro.
A produ??o de c?psulas no Brasil beneficiar? todo o setor. A proximidade entre ind?stria e cafeicultores poder? trazer investimentos para estes. A Nestl?, por exemplo, investe em in?meras comunidades de cafeicultores ao redor do mundo como parte de seus programas sociais e como estrat?gia para garantir o fornecimento de certos tipos de caf?. Para o consumidor o resultado ser? maior oferta de marcas e blends, al?m de um pre?o menor.
Fonte: Caf? Point
Dados do MDIC/SECEX mostram que em 2014 houve um aumento de 48,2% na quantidade caf? torrado e mo?do importada pelo pa?s, em compara??o com 2013, chegando a 48 mil sacas. O valor dessas importa??es teve eleva??o de 49,2% e atingiu a cifra de US$ 47,9 milh?es. Do lado das exporta??es, queda de 21,5% no volume, que ficou em 31,5 mil sacas. A receita teve queda de 26,8% e ficou em US$ 11,6 milh?es. Ou seja, o Brasil teve saldo negativo de 15,5 mil sacas importadas e US$ 36,3 milh?es gastos. Mas as perspectivas s?o boas para os pr?ximos anos.
Em breve, muito do que ? demandado pelos consumidores nacionais ser? fabricado em solo brasileiro. Duas das principais fabricantes de caf? em c?psulas do pa?s anunciaram que ir?o erguer f?bricas em Minas Gerais, mais especificamente no munic?pio de Montes Claros. A Nestl?, que ? l?der mundial no segmento, investir? cerca de R$ 200 milh?es na nova f?brica de Nescaf? Dolce Gusto. A Tr?s Cora??es vai investir R$ 45 milh?es na sua f?brica, com possibilidade de investir outros R$ 45 milh?es para ampliar a produ??o. Atualmente a Tr?s Cora??es manda o caf? para a It?lia, onde ? encapsulado e depois reexportado para o Brasil.
As duas companhias se juntar?o ? portuguesa Kaffa, que j? opera no pa?s desde 2014. A empresa investiu 2 milh?es de euros numa f?brica em Ribeir?o Preto. A estrat?gia da Kaffa no pa?s ? produzir c?psulas para outras empresas, o que torna a oferta do produto vi?vel para muitos torrefadores interessados no neg?cio. Assim, empresas que queiram comercializar suas pr?prias c?psulas n?o necessitam construir uma f?brica ou importar de outro pa?s. Entre os clientes nacionais da Kaffa est?o o Caf? Utam, Suplicy Caf?s e Caf? Morro Grande.
Quando as duas novas f?bricas da Nestl? e da Tr?s Cora??es estiverem em pleno funcionamento as importa??es dever?o diminuir. No entanto, c?psulas da Nespresso e de outras marcas internacionais continuar?o sendo importadas. Mas nada impede que, com o crescimento do setor, novas f?bricas sejam constru?das.
Reduzir a necessidade de importa??es j? ser? um ?timo resultado para tais investimentos, mas o ideal seria que eles possibilitassem o aumento das exporta??es de caf? industrializado pelo Brasil. O caf? em dose ?nica ? a grande tend?ncia da ind?stria na Europa e na Am?rica do Norte. Por isso, qualquer aumento nas exporta??es das torrefadoras brasileiras depende da venda de c?psulas para esses mercados. N?o ? uma tarefa simples, j? que o r?pido crescimento do setor atrai in?meros concorrentes. Outro caminho para aumentar as exporta??es seria a venda para pa?ses da Am?rica Latina. Embora os pa?ses da regi?o sejam grandes consumidores de caf?, eles podem ser um destino para o produto brasileiro.
A produ??o de c?psulas no Brasil beneficiar? todo o setor. A proximidade entre ind?stria e cafeicultores poder? trazer investimentos para estes. A Nestl?, por exemplo, investe em in?meras comunidades de cafeicultores ao redor do mundo como parte de seus programas sociais e como estrat?gia para garantir o fornecimento de certos tipos de caf?. Para o consumidor o resultado ser? maior oferta de marcas e blends, al?m de um pre?o menor.
Fonte: Caf? Point